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Com o propósito de trabalhar a temática da negritude/branquitude na sociedade, no último dia 19 de novembro, o grupo Fazendo Arte vivenciou a construção de bonecas Abayomi, entre adultos e crianças. A equipe avaliou a importância de trazer o tema para debate, uma vez que a população atendida pelo serviço é, majoritariamente, atingida pelo racismo. “Abrir espaços para novos diálogos sobre as violências estruturais, nem sempre reproduzidas de maneiras explícitas, é uma preocupação deste serviço”, ressaltou a educadora social, Angélica Brotto. Durante a atividade, a educadora partilhou a história de tais bonecas, que carregam a resistência da população negra durante o período em que o sistema escravocrata imperou nas relações sociais do país. Angélica explicou que abayomi significa "encontro precioso" e é uma boneca de tecido feita pelas mães, somente com nós, com pedaços da própria roupa para distrair as crianças durante o trajeto que o navio negreiro fazia até o Brasil. As bonecas viraram uma tradição e um símbolo dos laços de afetos cultivados em meio à violência estrutural que tal população sofreu e sofre cotidianamente.

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